segunda-feira, 2 de junho de 2008

SINDICATO DOS OPERÁRIOS DA FÉ


“Aventura-se algum de vós, tendo questão contra outro, a submetê-lo a juízo perante os injustos e não perante os santos? Ou não sabeis que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deverá ser julgado por vós, sois, acaso, indignos de julgar as coisas mínimas? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos? Quanto mais as coisas desta vida! Entretanto, vós, quando tendes a julgar negócios terrenos, constituís um tribunal daqueles que não têm nenhuma aceitação na igreja. Para vergonha vo-lo digo. Não há, porventura, nem ao menos um sábio entre vós, que possa julgar no meio da irmandade? Mas irá um irmão a juízo contra outro irmão, e isto perante incrédulos! O só existir entre vós demandas já é completa derrota para vós outros. Por que não sofreis, antes, a injustiça? Por que não sofreis, antes, o dano?” (I Cor. 6.1-7)

A partir de agora qualquer pastor à frente de uma obra, tem direito a carteira assinada, 13º, férias e piso salarial de 528 reais, de acordo com o Sindicato dos Ministros de Cultos Religiosos Evangélicos e Trabalhadores Assemelhados, no Estado de São Paulo.
O sindicato presidido pelo pastor José Lauro Coutinho da Assembléia de Deus em São Paulo, que já conta com a adesão de 3.000 pastores e registro no Ministério do Trabalho, justifica:
1º)– Queremos defender os direitos da categoria, que são freqüentemente desrespeitados pelas igrejas;
2º)– Rever a má distribuição de salários entre os pastores destacados e o baixo clero;
3º)– Combater a total falta de garantias. “Basta um desentendimento com um superior para o pastor ser expulso da igreja. Depois de anos de dedicação, sai sem nenhuma compensação financeira”.
De acordo com o sindicato, o número de ações trabalhistas contra igrejas evangélicas na cidade de São Paulo cresceu mais de 100%, pelo menos 60% das causas são movidas por pastores.
Evidentemente este é um assunto que exige discussão mais apurada para se evitar opinião extremada. No entanto, podemos tirar algumas conclusões a partir do ensino bíblico acerca desta questão:
1º)– O ministério é constituído de pessoas vocacionadas e comissionadas por Deus, para trabalhar voluntariamente sem visar lucro financeiro (MT 28.19; Jo. 15.16; Ef.4.6-12; I Tm. 6.5,6);
2º)– Jesus Cristo disse que somos SERVOS e não funcionários (Mc. 9.35);
3º)– De acordo com a Bíblia, o obreiro é digno do seu salário, desde que ele viva da obra. (Lc. 10.7) Este salário compreende suas necessidades básicas (I Cor.9.7-14).
Temos que admitir que a igreja organizada adquiriu características de uma empresa, com regimento interno, funcionários, proventos, contabilidade, etc. Por isso, a idéia de empregado e patrão. Também é uma realidade as injustiças e a desigualdade no que se refere a salários e ao tempo do obreiro dedicado no serviço ministerial. Mas a criação de sindicato para “brigar” por esses direitos parece ferir a soberana constituição da Igreja, a Bíblia. Não seria isto, um erro tentando consertar outro erro? “Um abismo não chama outro abismo”? (Sl 42.7) E o que dizer do conselho do apóstolo Paulo, quanto ao litígio entre irmãos? (I Cor. 6.1,6) Levaremos as nossas causas perante os incrédulos para serem julgadas? Escandalizaremos o mundo com as nossas guerras e pelejas (Tg 4.1), contrariando a nossa pregação?
É bom atinarmos para o fato de que agindo assim, estaremos gerando precedente para que outras categorias da igreja, criem os seus sindicatos. Quem sabe, num futuro próximo, poderemos contemplar igrejas fechadas, porque o ministério estará em greve; e também as passeatas em busca de reivindicações, com direito a carro de som e tudo o mais.... A igreja precisa refletir sobre este fato e combater o mal pela raiz, aplicando o remédio certo, a Palavra de Deus. É necessário que aqueles que presidem, façam-no com sobriedade. O obreiro precisa do seu sustento justo e aqueles que deram suas vidas na obra, precisam de segurança e tranqüilidade agora que são impedidos de continuarem por causa da velhice ou da doença. Do contrário só nos resta a aceitação de um “sindicato forte” protegendo um ministério fraco e derrotado, pois devemos estar conscientes de que nenhum salário ou benefício, por maiores que sejam, poderão compensar a perda da vocação, da dignidade, do altruísmo e do amor, características fundamentais de um ministério espiritual e voluntário.

1 comentário

Anônimo disse...

Nos temos no mundo evangélico 2 (dois) tipos de Pastores:

1) Pastor de ovelhas - de acordo com Jesus Cristo, Pastor por excelência - As ovelhas o seguem - como Ele mesmo disse - As minhas ovelhas conhecem a minha vóz e me seguem.

2) Tangedor de ovelhas - vai atrás das ovelhas - empurrando com um cajado de ferro - maltratando - sómente interessado no leite, na lã, no couro e na carne depois de matar.
Cuidado abramos nossos olhos para vermos por quem estamos sendo pastoreados, para não sermos contaminados com gente da segunda explicação.

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